terça-feira, 18 de março de 2008

Educação Para em Goiás

Mais de 90% da Educação param em Goiás por atendimento de reivindicações locais e pela aprovação do Piso Salarial Nacional “Correspondeu às nossas expectativas a paralisação com mobilização dos professores e funcionários da rede estadual e das redes municipais em todas as cidades goianas durante todo dia de hoje (14/03). Tivemos uma paralisação de mais de 80% de todas as escolas, e isso prova que temos uma categoria disposta a lutar pela aprovação do Piso Salarial Nacional defendido pela CNTE e pelo Sintego, além de estar disposta a denunciar os desmandos do governo Alcides com a Educação em Goiás”. Com estas palavras, o presidente do Sintego, professor Domingos Pereira, manifestou o que ele considera ter sido um “sucesso total” o 14 de março em Goiânia e nas cidades do interior do Estado. Na capital, cerca de 5 mil trabalhadores reuniram-se às 9 horas no estacionamento da Catedral Metropolitana, de onde – munidos de faixas, bandeiras e cartazes – saíram em passeata pelas principais ruas do Centro. Também participaram do evento alunos de diversas escolas. “Os alunos não tiveram a aula tradicional hoje, mas tiveram, com certeza, uma aula de cidadania”, enfatizou Domingos. Truculência Ao passarem na porta do Palácio Pedro Ludovico – sede do gabinete do governador –, fizeram uma pequena parada para rápidas falações e para entoarem palavras de ordem. Entretanto, alguns dos manifestantes, por discordarem da truculência de alguns policias, que “exigiam a desobstrução da rua”, foram agredidos com gás de pimenta desferido por um tenente da PM identificado como Antônio. “Nossa manifestação foi pacífica. A rua é pública. A polícia não tem que ficar ditando ordens de como temos que nos portar. Não somos bandidos, éramos apenas manifestantes em passeata denunciando a falta de respeito do governo Alcides para com a Educação. Portanto, lamentamos a postura de policias que mostram total despreparo para atuar em situações que envolvam aglomerados de pessoas. Diante da truculência do policial, vamos solicitar que o secretário de Segurança Pública tome as devidas medidas contra ele”. Indignou-se o presidente do Sintego. Praça do Bandeirante Entretanto, para o presidente do Sintego, apesar do lamentável incidente, a manifestação conseguiu o seu objetivo: mostrar para a população nas ruas e nos lares (através da cobertura massiva da imprensa) de que é preciso aprovar logo um piso para os trabalhadores da Educação e de que é preciso que toda a sociedade cobre do governador Alcides Rodrigues a atenção devida à Educação em Goiás. Domingos destacou como ponto alto da manifestação quando os manifestantes fecharam totalmente o coração de Goiânia, a Praça do Bandeirante, por cerca de 15 minutos, e realizaram um rápido ato público denunciando as mazelas da Educação em Goiás e a importância da aprovação o mais breve possível do Piso Salarial Nacional pela Câmara e o Senado. “Estamos convencidos de que se nosso movimento já era forte, neste ano ele virá ainda com mais força, participação e vitória”, sinalizou.

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