quarta-feira, 30 de julho de 2008

Partidos definirão candidaturas no último minuto

Jânio Carlos, PSDB (1); Jerônimo Bitencourt, DEM (2); Ricardo Fortunado, PMDB (3); Alexandre César, PP (4); Rogério Taveira, PDT (5); Juarez Carvalho, PTB (6); Gleysson Cabriny, PR (7); Paulo César, PT (8); Arquivaldo Bites, PT (9); Dílson Alberto, PP (10) e Carlos Domingues, PP (11): principais nomes dos políticos envolvidos nas negociações em torno da definição das candidaturas majoritárias (para prefeito) em Trindade.


Antigamente, a garotada gostava da brincadeira de fazer a “gata parir”. Os moleques se sentavam num banco e começava o empurra-empurra até restar apenas um deles no local, o vencedor. Era uma farra só, entre amigos, coisa de meninos. É comum, em períodos que antecedem às convenções partidárias, se dizer que está chegando a hora da “gata parir”. Agora, em Trindade, a “bichana” somente deverá “dar cria” no último minuto desta segunda-feira (30), prazo fatal para os partidos realizarem suas respectivas convenções para as escolhas dos candidatos a prefeito, vice e vereadores. Acontece que todos os partidos com reais possibilidades de lançar nomes na disputa das eleições de 5 de outubro, deixaram para hoje a realização de convenções. A legislação eleitoral determina que as legendas definam os candidatos oficialmente entre os dias 1º e 30 de junho.
A situação da política trindadense é de uma indefinição para estoura com os nervos de qualquer um. O prefeito tucano George Moraes vem trabalhando seu candidato, o empresário Jânio Carlos (PSDB), desde o ano passado, mas ainda não conseguiu fechar a chapa majoritária por causa da dificuldade em encontrar um vice, capaz de aglutinar mais partidos em torno do nome do candidato a prefeito pela atual base aliada. Comenta-se que, dentre as possibilidades de vice para o candidato situacionista, figuram o vereador Juarez Carvalho (PTB), cujo trunfo seria sua liderança na região de Trindade II; Rogério Taveira (PDT), ex-secretário municipal de Saúde é outro nome ventilado para o posto.
Movimentando-se em carreira solo, o empresário Jerônimo Bitencourt (DEM) deve manter sua candidatura a prefeito, na convenção a ser realizada a partir das 14h desta segunda-feira (30), com o apoio do PCdoB de Álvaro Valério e Rui Alves. Embora tenha sido muito assediado por emissários de outros pré-candidatos a prefeito, Bitencourt reafirma a disposição de não ser candidato a vice em nenhuma hipótese. “Não serei vice de ninguém”, afirma o democrata.
Nos demais partidos reina a indefinição total que somente deverá ser resolvida lá pelo final da noite desta segunda-feira (30), dia da agonia, salvo venha a ocorrer alguma intervenção do Divino Pai Eterno no processo. O peemedebista Valdivino Chaves saiu de cena, no seu lugar entrou o vereador Ricardo Fortunato (PMDB) disposto a apenas uma coisa: ser candidato a prefeito, e estamos conversados. No PR, o também vereador Gleysson Cabriny não abre mão de igualmente negociar noite adentro, desde que seja para alguém ser candidato a vice em sua chapa.
O PT já deu algumas sinalizações interessantes. Segundo o presidente Arquivaldo Bites, em documento divulgado anteriormente, caso o petista Paulo César consiga aglutinar outros partidos em torno de seu nome como candidato a prefeito, aí o preferido para o posto de vice seria o do pepista Alexandre César, a definição do processo ocorreria facilmente; mas não havendo tal possibilidade, os petistas têm outro nome para oferecer como candidato a vice numa coligação, por exemplo, com o PR, liderado em Trindade por Cleido Claudino Pereira que apóia a pretensão do vereador Cabriny em disputar o mandato de prefeito nestas eleições.
Já o PP, para não ficar diferente, também se encontra na mesmíssima situação dos demais, ou seja, o presidente da legenda em Trindade, Alexandre César, está aberto a todas as possibilidades de acordo, desde que ele seja candidato a prefeito. Quer dizer, procura um candidato a vice, algo raro no mercado político trindadense. Na verdade, os atores da política da “Capital da fé” só querem para si o papel principal, ninguém aceita ser coadjuvante, daí o obstáculo para o fechamento dos acordos necessários para a formação das chapas.
Enquanto os pré-candidatos a prefeito monopolizam todo o tempo dentro do processo de definição política, as candidaturas de vereadores são relegadas a plano secundário, o que não é bom inclusive para a formação de novas lideranças no município. Se há instabilidade no processo de definição dos nomes dos candidatos a prefeito, isso atrapalha o fechamento das coligações para a disputa das dez vagas de vereadores em Trindade. O pior de tudo é que tem pré-candidato a prefeito acalentando o sonho de até mesmo disputar as eleições deste ano em chapa pura, sem coligação alguma. Sonho para si que certamente será um pesadelo para muitos possíveis candidatos a vereador no município. Diante deste quadro, “só mesmo o Pai Eterno na causa!”

Fonte: Blog do Sérgio Vieira

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